Entrevista da semana (31/07/2010): Candidato ao senado pelo PT, Cláudio Vignati

Entrevista da semana (31/07/2010): Candidato ao senado pelo PT, Cláudio Vignati

O candidato ao Senado da República pela coligação PT – PR – PSB - PC do B – PRB – PHS e PRTB, deputado federal Claudio Antônio Vignatti é o entrevistado desta semana do Jornal A Crítica, que a cada edição vem apresentando postulantes aos mais diversos cargos, seja nas chapas majoritária ou proporcional, em outubro deste ano. Ele nasceu em Cunha Porã em 2 de fevereiro de 1967. Servidor público da Prefeitura de Chapecó desde 1988, presidiu o Sindicato dos Servidores Municipais de Chapecó e Região e também o PT daquele município, do qual é filiado desde 1993, e membro da direção estadual do partido. Eleito duas vezes vereador de Chapecó, 1996 e 2000, foi líder do governo do prefeito José Fritsch. Em 2002 elege-se deputado federal. Concorreu em 2004 a prefeitura de Chapecó, porém sem lograr êxito. Reelegeu-se deputado federal em 2006. Em 4 de março de 2009 é escolhido Presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, para o biênio 2009/2010.

Jornal A Crítica – O senhor tem uma relação muito íntima com os setores produtivos e especialmente com os micro e pequenos empresários. Eleito senador como o senhor vai atuar para otimizar ainda mais esse setor?
Cláudio Vignati – Hoje eu presido a Frente Parlamentar Mista de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, a maior do Congresso Nacional, que busca promover a reformulação da Lei Geral que rege as micro e pequenas empresas, que representam 99% do meio empresarial brasileiro, empregam quase 60% da mão de obra do país e respondem por 20% do PIB. Depois da entrada em vigor da Lei Geral da MPE e da Lei do Empreendedor Individual, da qual fui relator, estamos propondo a sua reformulação para atender mais empresários. Defendemos, por exemplo, o fim da tabela negativa do Simples. Assim, todas as empresas que estão excluídas poderão acessar os benefícios previstos, caso dos representantes comerciais e profissionais liberais. As pequenas empresas passariam, em reais, de 2,4 milhões para 3,6 milhões, as microempresas, de 240 mil para 360 mil, e os empreendedores individuais, de 36 mil para 42 mil. Para os pequenos empreendedores rurais, queremos criar o Simples Rural, o que permitirá a formalização dos nossos agricultores familiares. Os micro e pequenos empresários pleiteiam, ainda, a vedação, no Simples Nacional, da substituição tributária do ICMS, medida que vem sendo aplicada pelos governos estaduais, encarecendo os produtos e penalizando os empresários. O empreendedor brasileiro precisa apenas de oportunidade para ampliar seus horizontes, e é o que desejamos oferecer com essa reformulação, que queremos ver aprovada este ano para que possa valer já a partir do próximo exercício fiscal.
 
Jornal A Crítica - O senhor como deputado federal tem recebido inúmeras reivindicações de prefeitos do Sul do estado e em especial de Tubarão e região. No Senado, os municípios da Amurel podem continuar contando com seus préstimos?
Cláudio Vignati – Uma das minhas frentes de ação é o municipalismo. É preciso que fortaleçamos as reivindicações de nossos prefeitos e assim consigamos também o fortalecimento de áreas como a Educação, Saúde e Agricultura, entre outras. Sem dúvida alguma os municípios catarinenses podem contar com o trabalho deste Senador.

Jornal A Crítica – O Sul precisa de obras de infraestrutura. E tem algumas que, embora tenham saído do papel, continuam morosas para serem concluídas, a exemplo do aeroporto regional de Jaguaruna e a duplicação do trecho Sul da BR 101. O senhor, se eleito senador tem meios para poder agilizar as obras?
Cláudio Vignati - O Senado tem que cuidar das obras de infraestrutura, dos aeroportos, ferrovias, portos e saneamento. O Sul necessita de um aeroporto forte para fortalecimento da economia. No que diz respeito a BR-101 tem muita coisa ainda a ser feita nesse trecho Sul. Hoje, devido ao PAC – Plano de Aceleração do Crescimento, do governo federal, não falta dinheiro. Falta é vontade das empreiteiras.

Jornal A Crítica – Estamos vivendo uma eleição atípica em nosso Estado neste ano. Como o senhor visualiza o atual quadro político, onde partidos adversários se unem, uns rasgam cartilhas enquanto que filiados apoiam àqueles que eram considerados inimigos?
Cláudio Vignati – Realmente estamos vivendo um novo momento político. O modelo político atual permite que não se conseguiu construir no Congresso Nacional ocorresse normalmente entre. Hoje vemos que não são as diretrizes traçadas pelos partidos que importa e sim as propostas dos candidatos. E a campanha para o Senado também é diferente. Recebemos apoios de partidários que, em âmbito nacional são nossos adversários, a exemplo do PSDB e do DEM. Mas, tenho encontra facilidade de apoio entre pessoas ligadas aos dois partidos.

Jornal A Crítica – Alguns desses exemplos estão dentro da região da Amurel?
Cláudio Vignati – Exatamente. O Manoel Bertoncini, prefeito de Tubarão, é meu aliado e meu amigo. É uma pessoa excelente, coerente e de extrema competência. Um grande administrador. Os nossos partidos são adversários. Mesmo assim tenho trabalhado por Tubarão e pelo Manoel. Ele ainda tem dois anos e três meses pela frente na administração municipal e eu quero ser senador da República para continuar ajudando-o e também contribuindo para o desenvolvimento de Tubarão. Outro caso é o prefeito de Capivari de Baixo, o meu amigo Luiz Carlos Brunel Alves. Naquele município também tenho grandes amigos dos mais diversos partidos. Na semana passada quando estive visitando o Brunel tomamos um delicioso café juntos e ele pagou. Depois das eleições fiquei na obrigação de voltar e de pagar um café na mesma padaria. Só não lembro onde fica mas, com certeza, o Brunel me levará lá.

Jornal A Crítica – Qual a leitura que o senhor faz do Senado da República e o porquê desse seu desejo de estar naquela Casa?
Cláudio Vignati – O Senado tem que ser uma Casa com protagonismo. Para muitos políticos é vista como final de carreira. Mas a sua renovação traz novas perspectivas políticas para o nosso País. Por isso o slogan de minha campanha é “Senado de cara nova”. Tem a questão também de eu poder ajudar muito a Dilma Roussef, colaborar muito para a construção de nosso Brasil. A construção de um Estado. Legislar para melhorar a qualidade de vida das pessoas, oportunizando ainda a geração de emprego e renda. Defender os empreendedores. Hoje as micro e pequenas empresas não possuem condições e nem políticas de motivação. O Senado precisa se preocupar com a política estrutural aprofundando ações direcionadas aos portos e canais, aeroportos e duplicação. Nos preocupar mais com os setores da educação e Saúde e bater forte nos debates para o fortalecimento dos municípios aumentando os programas e recursos a serem destinado às prefeituras.

Jornal A Crítica – Deixe a sua mensagem para o leitor do Jornal A crítica e para a população da região da Amurel.
Cláudio Vignati – O Senado da República precisa de caras novas, de gente que com vontade de ajudar a fazer as coisas nesse nosso País. Que olhe mais para os municípios e, principalmente para as pessoas. Queremos estar lá sim para cuidar das pessoas, das famílias e dos problemas que as famílias enfrentam.
 

 Frases:
“O Manoel Bertoncini, prefeito de Tubarão, é meu aliado e meu amigo. É uma pessoa excelente, coerente e de extrema competência. Um grande administrador”.
“Na semana passada quando estive visitando o Brunel tomamos um delicioso café juntos e ele pagou”.